In lieu of an abstract, here is a brief excerpt of the content:Reviewed by:What's so Important about Music Education?Leonard TanJ. Scott Goble, What's so Important about Music Education? (New York, NY: Routledge, 2010)In What's so Important about Music Education, J. Scott Goble proposes a new philosophical foundation for music education in the United States based on the theory of semiotics by American pragmatist Charles Sanders Peirce. Following a brief summary, I will note several merits in Goble's book before sketching (...) four recommendations for future editions.In Chapter One, Goble notes how the inclusion of non-Western musics in the public schools as espoused in the 1967 Tanglewood Declaration has raised two crucial questions: "Whose music should be included in the curriculum?" and "What is the role or social importance of public school music education in the United States as a postmodern society?" Noting that music education was established in the United States during the modern era, and that the Tanglewood Declaration did not account for vast differences in beliefs about music, Goble argues that there is a need to establish a new philosophical foundation that can accommodate the varied beliefs and practices of diverse cultural groups in postmodern United States.In Chapter Two, Goble sketches and critiques five cultural anthropologists. Of the five, he singles out Clifford Geertz's conception of culture as "semiotic [End Page 201] webs" (p. 20) as the conceptual foundation that is appropriate for this study. He then links Geertz's notion of culture to the semiotic theory of C. S. Peirce which is to become the theoretical underpinning of the book. Subsequently, he unpacks many key Peircian themes: human conceptions are maintained not individually but collectively in cultural groups, provisional truth (as opposed to absolute Truth) is relative and dependent on conceptions of communities, and the scientific method is the sole mode of inquiry by which people in communities may use to satisfy their doubts to formulate beliefs. Most importantly, Goble expounds the "pragmatic maxim" that since humans live in communities united by common beliefs, "the 'clear' meaning of an idea held by a member of the community will almost inevitably stem from the beliefs—or ways of understanding—held by members of that community" (p. 30). Goble concludes the chapter by presenting the Peircian semiotic system of cognition which posits that a "sign" is conceptualized in a triadic relationship: the Sign or "Firstness," the Object or "Secondness," and the Interpretant or "Thirdness" (p. 33).In Chapter Three, Goble considers how music is a sign based on the theoretical framework laid in Chapter Two. Drawing on the work of ethnomusicologists, anthropologists, psychiatrists, and a neuroscientist, he formulates a Peircian pragmatic approach to musical practices which posits that "the musical practices of different cultural communities represent a diverse cluster of community-specific ritualized behaviors involving sound" (p. 252). Furthermore, each of the musical practices "serves those persons who meaningfully participate in it as a means of psychophysiological, psychosocial, and/or sociopolitical equilibration relative to the worldview—or ordered conception of Reality—they tacitly share" (p. 252). For Goble, this pragmatist conception of musical practices is neither ethnocentric, universalist, nor relativist, and can serve as a conceptual framework for all diverse musical practices in postmodern United States.With the Peircian pragmatic conception in mind, Goble examines historical factors that contributed to current conceptions of music in the United States in Chapter Four. He laments that as a result of European Enlightenment and three socio-political phenomena in the United States (the separation of church and state, promotion of no other worldview than democracy, and adoption of democratic capitalism), music is no longer pragmatically oriented but trivialized and pursued by self-serving musicians.In Chapter Five, Goble traces the philosophical justifications for music education throughout the history of the United States. While the sign "musical practice" was conceptualized as "worship" in colonial America, the sign "music" was conceived as "art" during the age of Enlightenment, and as "product" during the age of science and technology. Noting that Bennett Reimer's music education as aesthetic education is limited in its Western focus on music as works [End Page 202] of artistic objects, Goble aligns his Peircian conception along praxial lines—in particular, with... (shrink)

Thomas C. Leonard presents an intellectual history of the Progressive Era from the perspective of economists. It is hard to understate the influence this group had in developing Progressive ideas. Leonard brilliantly details how Progressive economists wielded enormous influence not only in spreading ideas about traditional economic concepts, but also ideas and theories that influenced political and civil liberties. For example, the Progressives gave us the social science professor, the scholar-activist, social worker, muckraking journalist, and expert government advisor. (...) All of these reform-vocations, according to Leonard, sought to replace the invisible hand of the market with the visible hand of the administrative state. In short, Leonard’s book is a must-read for everyone remotely interested in political economy. (shrink)

HORMÔNIOS E SISTEMA ENDÓCRINO NA REPRODUÇÃO ANIMAL -/- OBJETIVO -/- As glândulas secretoras do corpo são estudadas pelo ramo da endocrinologia. O estudante de Veterinária e/ou Zootecnia que se preze, deverá entender os processos fisio-lógicos que interagem entre si para a estimulação das glândulas para a secreção de vários hormônios. -/- Os hormônios, dentro do animal, possuem inúmeras funções; sejam exercendo o papel sobre a nutrição, sobre a produção de leite e sobre a reprodução, os hormônios desempenham um primordial papel (...) quanto ao funcionamento do animal. -/- Nesse capítulo, o estudante identificará os hormônios relevantes para o controle reprodutivo, suas características e o uso clínico dos mesmos. -/- -/- INTRODUÇÃO -/- A endocrinologia é a ciência que se encarrega do estudo do sistema endócrino: um sistema de comunicação entre as células de um organismo; esse trabalho de comunicação é compartilhado com o sistema nervoso já que ambos sistemas possuem características distintas que lhes permite complementar-se para alcançar uma adequada coordenação das funções. Em algumas ocasiões o sistema nervoso e o sistema endócrino interagem direta-mente na transmissão de uma mensagem, pelo qual se conhece como sistema neuroendó-crino. -/- -/- OS HORMÔNIOS -/- A endocrinologia é a ciência que se encarrega do estudo dos hormônios e seus e-feitos. De maneira tradicional os hormônios são considerados como “substâncias secreta-das em direção a circulação pelas glândulas especializadas, e que exercem uma função sobre um órgão branco”. Essa definição, no entanto, é limitada e imprecisa. É necessário ser mais pontual, já que os hormônios não são produzidos em qualquer célula da glândula, senão nas células específicas. Por exemplo, o hormônio luteinizante (LH) é produzido pelos gonadotropos da adenohipófise e não por qualquer outro tipo de célula hipofisária. Da mesma maneira, falar de um “órgão branco” não é exato, já que os hormônios atuam somente nas células que tenham receptores específicos para esse hormônio, e não outras células do mesmo órgão; logo, falar de uma “célula branca” é mais apropriado que falar de um “órgão branco”. As células brancas do LH no testículo são as células de Leydig e as células brancas do hormônio folículo estimulante (FSH) no mesmo órgão são as células de Sertoli. -/- Mediante o supracitado, uma definição mais apropriada de hormônio é a seguinte: “Os hormônios são reguladores biológicos, produzidos e secretados em quantidades pe-quenas pelas células vivas, que depois de viajar pelo meio extracelular atuam sobre as cé-lulas brancas, onde exercem uma ação específica”. -/- É importante levar em conta que os hormônios somente regulam (estimulam ou inibem) funções que já existem na célula branca. Ademais, os hormônios são extraordina-riamente potentes, pelo qual se requerem quantidades muito pequenas para induzir uma resposta na célula. As concentrações circulantes da maioria dos hormônios estão na ordem de nanogramas (10-9 g) ou pictogramas (10-12 g) por mililitro. -/- Etimologicamente o termo “endócrino” significa “secretar em direção adentro”, já que os hormônios são secretados em direção ao interior do organismo (o sangue ou o espaço intracelular), em diferença das secreções exócrinas (em direção ao exterior), que são secretadas em direção a luz de um órgão, como o intestino no caso das enzimas pan-creáticas. -/- Algumas substâncias, sem deixar de ser hormônios, recebem uma classificação adicional em relação ao seu local de ação, ao tipo de células que lhes produzem, ou a al-guma outra característica. Agora, serão descritas algumas dessas características (figura 1). -/- -/- Parahormônio ou hormônio local -/- A maioria dos hormônios são transportados pela circulação desde seu local de se-creção até a célula branca. No entanto, alguns hormônios exercem seu efeito em células adjacentes aquelas que foram produzidos, ao qual não é necessário seu transporte através da circulação geral. Esse tipo de substâncias são chamadas de parahormônios ou hormô-nios locais, e sua liberação é denominada como secreção parácrina. Um exemplo é a pros-taglandina F2 alfa (PGF₂α), que é produzida no epitélio uterino (endométrio) e provoca as contrações nas células musculares do mesmo órgão (miométrio). Deve-se tomar em conta que a mesma substância poderia se comportar em outros casos como um hormônio clássico, atuando em um órgão distinto ao local de sua produção; é o caso da mesma PGF₂α de origem endometrial quando atua sobre as células do corpo lúteo do ovário, pro-vocando sua regressão. A classificação de uma substância como hormônio ou parahormô-nio não depende de sua estrutura química, senão da relação espacial existente entre a célu-la que o produz e a célula branca. -/- -/- Neurohormônio -/- A maioria dos hormônios são produzidos pelas células de origem epitelial, porém, muitos deles são produtos pelos neurônios, logo denominados como neurohormônios. To-dos os neurônios segregam alguma substância, porém tratam-se dos neurohormônios quando o neurônio que os produz despeja-os diretamente em direção a circulação geral, através da qual chegam aos órgãos para exercer seu efeito, sejam na indução, inibição ou estimulação do mesmo. -/- Esse processo é diferente dos neurotransmissores, os quais também são secretados por um neurônio, mas exercem seu efeito em uma célula adjacente com o qual o neurônio estabelece uma sinapse (neuroma com neurônio, neurônio com célula muscular, neurônio com célula glandular). A classificação de uma substância como hormônio ou como neuro-hormônio não depende de sua estrutura química, senão do tipo de célula que o produz. Uma mesma substância é um hormônio quando ele é produzido por uma célula epitelial e um neurohormônio se é produzido por um neurônio. A ocitocina, por exemplo, é secre-tada na neurohipófise por neurônios hipotalâmicos, nesse caso se trata de um neurohor-mônio, mas também é secretada por células do corpo lúteo dos ruminantes, e se trata nesse caso, de um hormônio. A distinção entre um neurohormônio e um hormônio é um neuro-transmissor, da mesma forma, não depende de sua estrutura química, e sim do local onde é secretado. Por exemplo, a dopamina atua como neurotransmissor quando se libera em sinapse da substância negra do mesencéfalo z mas atua como neurohormônio quando é liberada por neurônios hipotalâmicos em direção a circulação do eixo hipotálamo-hipofisário. -/- -/- Pré-hormônio -/- Em alguns casos, os hormônios são secretados em forma inativa (pré-hormônio), que requer uma transformação posterior para converter-se na forma ativa de hormônio. O angiotensinógeno circulante somente cobrará atividade biológica ao se transformar em angiotensina por ação da enzima renina. Algumas substâncias podem atuar como hormô-nios m alguns casos e como pré-hormônios em outros. A testosterona, por exemplo, atua como hormônio nas células musculares, aos quais possui um efeito anabólico direto. O certo é que para a testosterona induzir a masculinização dos órgãos genitais externos em um efeito macho é necessário que seja transformada previamente em 5α-di-hidrotes-tosterona pela enzima 5α-redutase presente nas células de tecido branco, por onde, nesse caso a testosterona é um pré-hormônio de di-hidrotestosterona. -/- -/- Feromônio -/- Os hormônios são mensagens químicas que comunicam a células distintas dentro do mesmo organismo, embora existam casos aos que requerem uma comunicação quími-ca entre organismos diferentes, em geral da mesma espécie. As substâncias empregadas para esse fim denominam-se feromônios. Essas substâncias devem possuir a capacidade de dispersão sobre o ambiente, pelo que nos organismos terrestres geralmente trata-se de substâncias voláteis, enquanto que os feromônios de organismos aquáticos geralmente são substâncias hidrossolúveis. Embora muitos feromônios possuam uma função sexual ou reprodutiva como é o caso de muitas espécies como a canina em que a fêmea em cio dispersa grandes quantidades de feromônios que são captados de longe pelos machos, todavia esse não é sempre o caso, e eles podem ser utilizados para outros tipos de comunicação, como é o caso dos feromônios utilizados pelas formigas para sinalização da rota em direção a fonte de alimentação. E como as abelhas no sentido de orientação da fonte de pólen até a colmeia. Muitos desses feromônios podem ser artificializados, isto é, elaborados pelo homem em laboratório para o estudo ou manipulação de algum animal. -/- -/- O SISTEMA ENDÓCRINO COMO UM SISTEMA DE COMUNICAÇÃO -/- O sistema endócrino é um sistema de comunicação que tem como objetivo coor-denar as funções das células de diferentes órgãos para mantença da homeostase do orga-nismo e promover seu desenvolvimento, crescimento e reprodução. Também ajuda os or-ganismos a adaptarem-se as mudanças de ambiente e ao habitat. O sistema endócrino representa um sistema de comunicação do tipo sem fio, diferentemente do sistema nervo-so que é um sistema de comunicação com fio. -/- Em todo o sistema de comunicação existe uma série de elementos que são necessá-rios para a realização da comunicação de forma efetiva. Esses elementos incluem o emis-sor, a mensagem, o sinal, o meio de transporte do sinal, o receptor, o efetor, a resposta e o feedback ou retroalimentação (figura 1). Todos os elementos são igualmente importan-tes e uma deficiência em qualquer deles pode interromper ou alterar a comunicação. -/- -/- Figura 1: componentes do sistema endócrino de comunicação. Fonte: ZARCO, 2018. -/- -/- Emissor ou transmissor -/- É o elemento responsável pela transmissão de uma mensagem; poderíamos com-pará-lo com a redação de notícias de um canal de televisão. Antes de decidir quais serão as notícias que serão transmitidas esse dia, em que ordem se apresentarão e que ênfase lhes darão, as pessoas da redação analisa rodas as informações disponíveis: provenientes de seus repórteres, de agências de notícias internacionais, publicada em jornais do dia, a existente na internet ou disponíveis através de redes sociais; isso significa que as mensa-gens transmitidas pelo emissor não são aleatórias, e sim respondem a uma análise respon-sável das necessidades de informação. -/- No sistema endócrino o emissor é a célula que produz e secreta um hormônio. Co-mo todo emissor responsável, a mesma célula analisa toda a informação relevante dispo-nível, tal como a concentração de diversos metabólitos no sangue, a concentração de ou-tros hormônios, e as mensagens que recebem por via nervosa, antes de decidir se secretará seu hormônio, em que quantidade o fará e com que frequência. Por essa razão, ao estudar o sistema endócrino não somente devemos conhecer a célula transmissora, e sim qual é a informação que a célula pode receber, e como a analisa e a prioriza para construir sua mensagem. -/- -/- Mensagem -/- É a informação transmitida pelo emissor. No caso de um sistema de notícias tele-visivas a mensagem é a notícia, por exemplo “Vaca dá a luz trigêmeos, um caso raro no Brasil”. No sistema endócrino a mensagem que se transmite é uma instrução para que em outra célula se realize determinadas ações. Por exemplo, os neurônios produtores de GnRH no hipotálamo de uma coelha, ao analisar as concentrações de estradiol circulantes e a informação nervosa procedente de neurônios sensoriais nós órgãos genitais da fêmea, podem “saber” que nos ovários existam folículos lisos para ovularem e que a coelha está copulando, pelo qual decidem transmitir a mensagem “Solicita-se os gonadotropos da adenohipófise a liberação de LH em quantidade suficiente para provocar a ovulação”. -/- -/- Sinal -/- É a forma a qual se codifica a mensagem para permitir sua difusão. No caso de um jornal, a mensagem (por exemplo a notícia da vaca que deu a luz trigêmeos) se codifi-ca em forma de ondas de rádio de uma determinada frequência, amplitude e intensidade; no caso do sistema endócrino a mensagem (a necessidade de realizar uma função celular) é codificada em forma de hormônio secretado em determinada quantidade, frequência e amplitude. Para o exemplo descrito supra, a mensagem se codifica na forma de uma grande elevação nas concentrações de GnRH no sangue do sistema porta hipotálamo-hipofisário. -/- É necessário tomar em conta que o emissor codifica a mensagem de forma tal que quando o receptor decifre o sinal obtenha a informação originalmente contida na mensa-gem. No entanto, o sinal pode ser interpretado de diferentes formas por receptores distintos, o que pode provocar respostas contrárias as esperadas. A notícia transmitida por um jornal de rádio, por exemplo, poderia estar codificada em forma de ondas de rádio que, casualmente, para o sistema eletrônico de um avião signifiquem “baixe a altitude e acelere”, razão pela qual é proibido utilizar aparelhos eletrônicos durante a decolagem e aterrissagem desses aparelhos. -/- Do mesmo modo, a mensagem codificada na forma de secreção de estradiol por parte dos ovários pode ser interpretado pelo sistema nervoso de uma ovelha como uma ordem para apresentar conduta de estro, pelas células do folículo ovariano como uma instrução para sofrer mitose e secretar o líquido folicular, pelos gonadotropos como uma ordem para a secreção de um pico pré-ovulatório de LH, e pelas células do endométrio como uma instrução para sintetizar receptores para a ocitocina. Dessa forma, o mesmo sinal (secreção de estradiol) pode conter diferentes mensagens para diferentes células do organismo. -/- Em alguns casos, pode-se apresentar uma resposta patológica devido as diversas formas de interpretação de uma mensagem, por exemplo, a repetição da secreção de adrenalina em um indivíduo estressado pode resultar no desenvolvimento de um proble-ma de hipertensão arterial. Por isso é necessário conhecer a maneira em que cada célula endócrina codifica suas mensagens, assim como a forma em que esses sinais podem ser interpretados em diferentes órgãos e tecidos, em diferentes momentos da vida do animal, em animais com diferentes antecedentes de espécies diferentes. -/- -/- Meio de transporte do sinal -/- O sinal tem que viajar ou difundir-se desde o emissor até o receptor, e em seu ca-minho pode ser modificado de diversas formas. Os sinais de rádio, por exemplo, viajam através da atmosfera e durante esse trajeto podem ser bloqueados por uma barreira física (como ocorre com as ondas de rádio AM em um túnel), ampliadas por uma estação repeti-dora, alteradas por um campo eletromagnético (uma aspiradora funcionando ao lado da sala de transmissão), entre outros. Da mesma forma, os sinais endócrinos que geralmente viajam no sangue, podem ser modificados ao longo do seu caminho. -/- A PGF₂α é inativada ao passar pelo pulmão, o angiotensinógeno é ativado pela re-nina na circulação, e a testosterona pode ser transformada em di-hidrotestosterona nas células da pele e na próstata, ou em estrógenos nos adipócitos e nos neurônios. Por tudo isso, o sinal que finalmente chega ao receptor pode ser diferente do transmitido pelo emissor. -/- Portanto, ao estudar qualquer sistema hormonal devemos conhecer as possíveis modificações que o hormônio pode sofrer desde o momento em que é secretado até que se uma ao seu receptor na célula branca. -/- -/- Receptor -/- É o elemento que recebe o sinal e interpreta a mensagem contida nele. No caso de um jornal de TV, o receptor é o canal correspondente (por exemplo o canal 2) em um aparelho de televisão. É importante ressaltar que um aparelho de TV possui muitos canais distintos, mas somente receberá mensagens se estiver ligado e sintonizado no canal que está transmitindo a mensagem de interesse. Ou seja, o receptor tem que estar ativo. -/- No caso das mensagens endócrinas os receptores são moléculas específicas nas células brancas. Essas moléculas são proteínas membranais ou citoplasmáticas (segundo o tipo de hormônio), que possui uma alta afinidade por seu hormônio, o que lhes permite registrar a mensagem apenas das baixíssimas concentrações em que os hormônios circu-lam. Os receptores possuem uma alta especificidade, o que significa que somente se unem a seu próprio hormônio, e não a outras substâncias. Em algumas ocasiões um receptor pode receber diversos hormônios do mesmo tipo; por exemplo o receptor de andrógenos pode unir testosterona, androstenediona, di-hidrotestosterona e diversos andrógenos sin-téticos. Apesar disso, cada um desses hormônios pode possuir uma afinidade diferente pelo receptor, pelo qual alguns serão mais potentes que outros para estimulação. -/- Em geral existe um número limitado de moléculas receptoras em cada célula, logo diz-se que os receptores são “saturáveis”, o qual significa que uma vez que todos sejam ocupados a célula não pode receber mais moléculas desse hormônio. Por essa razão a magnitude da resposta de um determinado hormônio vai aumentando conforme se aumen-tam suas concentrações, porém ao saturar-se os receptores alcançam um ponto em que a resposta já não aumenta embora sigam incrementando as concentrações hormonais já que os receptores não permanecem livres para unirem-se ao excesso de moléculas do hormô-nio. -/- As células, em contrapartida, podem regular tanto o número de receptores presen-tes como a afinidade destes por seu hormônio; isso significa que a magnitude da resposta antes um determinado sinal endócrino pode ser distinta em diferentes momentos da vida de um animal; depende do estado dos receptores presentes nos tecidos, pelo qual é impor-tante conhecer quais são os fatores que podem aumentar ou reduzir o número de recepto-res em uma célula, assim como aqueles que podem aumentar ou diminuir a afinidade des-ses receptores por seus hormônios. -/- -/- Efetor -/- É o elemento encarregado de responder a uma mensagem realizando uma ação, e é um elemento diferente do receptor. Vale ressaltar que no caso de uma transmissão de televisão o receptor é o aparelho sintonizado no canal de interesse, porém o efetor é o te-lespectador que está exposto as notícias. Esse telespectador sofrerá mudanças que podem resultar em uma ação. A mudança pode ser evidente (e auxiliar as vítimas de um desastre), ou simplesmente uma mudança potencial (ao se inteirar de uma notícia não se pode produ-zir nenhuma mudança aparente até que alguém lhe pergunte: já se interessou?, E nesse caso a resposta será: “sim” em lugar do “não”). Deve-se tomar em conta que o efetor pode estar ausente embora o receptor esteja presente (um televisor ligado em uma sala vazia). O efetor também pode estar inativado (o telespectador encontra-se dormindo); quando assim ocorre não irá produzir uma resposta embora o receptor esteja presente. -/- No sistema endócrino o efetor é, em geral, um sistema celular encarregado de rea-lizar uma determinada função. Na maioria dos casos trata-se de sistemas enzimáticos cuja função é estimulada pela união do hormônio ao seu receptor. Alguns hormônios, por exemplo, atuam através do sistema AMP cíclico (AMPc) logo, a união do hormônio ao seu receptor resulta na ativação de uma proteína chamada Proteína Gs, que ativa a enzima Adenil-ciclase (ou adenilato ciclase), a qual transforma ATP em AMPc. A presença de AMPc resulta na ativação de uma enzima cinese de proteínas que fosforiza outras enzi-mas, o que pode ativá-las ou inativá-las; nesses casos, é gerada uma cascata de eventos que resulta em uma mudança na atividade celular; por exemplo, a cadeia de eventos que produz-se em resposta ao AMPc quando a célula de Leydig do testículo é estimulada pela união do LH a seu receptor resulta na produção de testosterona, enquanto que a estimula-ção de um adipócito provocada pela união da adrenalina a seu receptor, que também atua através do sistema AMPc, resulta em uma série de eventos que provocam, finalmente, a liberação de ácidos graxos livres em direção a circulação. -/- Nos exemplos supra, o AMPc é considerado um mensageiro intracelular, já que o receptor capta o sinal (hormônio) no exterior da célula, o que resulta na produção de um novo sinal (mudança nas concentrações de AMPc) no interior da célula. Embora o sistema AMPc seja utilizado por muitos hormônios, não é um sistema universal; existem outros sistemas mensageiros intracelulares que também são utilizados para responder os hormô-nios que não entram nas células, por exemplo o sistema cálcio-calmodulina, ou os siste-mas baseados em receptores com atividade de cineses de tirosina. Nos casos que os hor-mônios possa atravessar livremente a membrana celular, como acontece com os hormôni-os esteroides, o hormônio se une a receptores presentes no citoplasma, que depois ingres-sam ao núcleo celular para intervir na regulação da transcrição do genoma. -/- De maneira independente ao mecanismo de ação de um determinado hormônio, sua presença finalmente desencadeará mudanças em um ou mais sistemas efetores da célula, o que permitirá que a mesma responda a mensagem que o emissor transmitiu originalmente. É evidente que para compreender a ação de qualquer hormônio é indispensável conhecer seu mecanismo de ação, o papel dos mensageiros intracelulares e as característi-cas dos sistemas efetores. Deve-se conhecer também quais são os fatores que afetam a transdução da mensagem já que uma célula pode regular seus sistemas efetores e dessa forma ter uma resposta maior, menor ou alterada ante a mesma mensagem. -/- -/- Resposta -/- Como mencionado, qualquer mensagem provoca uma resposta (embora somente seja potencial) sobre o efetor que a recebe. No sistema endócrino, as mensagens hormonais viajam constantemente pelo organismo e são captadas por todas as células que possuem receptores ativos para um determinado hormônio. Uma única célula pode ter receptores para diferentes hormônios, pelo qual pode estar recebendo diversas mensagens simultaneamente, e cada uma dessas mensagens pode afetar a resposta de outras mensagens. Por exemplo, a presença de progesterona pode alterar a resposta das células endometriais ao estradiol. Ademais, as células podem estar recebendo ao mesmo tempo uma informação não hormonal, como as concentrações de diversos metabólitos na circulação, ou a recebida pelo sistema nervoso. A célula analisa toda essa informação e com base nela decide se deve responder a mensagem hormonal que está recebendo como deve responder, com que intensidade e durante quanto tempo. A resposta final pode ser uma resposta física imediata (contração, secreção de um hormônio armazenado previa-mente), uma modificação bioquímica a curto prazo (síntese de um determinado hormônio ou outra substância), ou o início de uma série de mudanças que levam a uma mudança a longo prazo (divisão celular, diferenciação celular, crescimento, morte celular). -/- -/- Feedback ou retroalimentação -/- Quando em um sistema de comunicação se produz uma resposta, em muitos casos essa resposta engloba a geração de informação que vai retornar ao emissor, e que agora constituirá um ou mais dos elementos que o emissor tomará em conta antes de transmitir uma nova mensagem. Assim, se um jornal transmite uma mensagem “menina pobre necessita de doação de roupas”, a resposta de alguns efetores (telespectadores) que virão a doar roupas será conhecida pelo emissor, que assim saberá que já não será mais neces-sário voltar a transmitir a mensagem, o que o fará tomar a decisão de transmitir uma mensagem diferente como “menina pobre já não necessita de roupas, porém requer de ali-mentos para sua família”. Essa modificação da mensagem provocada pela resposta do efetor é conhecida como retroalimentação. -/- De forma análoga, no sistema endócrino a resposta da célula efetora geralmente é reconhecida pelo emissor, que em consequência modifica sua mensagem. Na maioria dos casos se produz uma retroalimentação negativa, que consiste em que a resposta do efetor provoca uma redução na intensidade da mensagem transmitida pelo emissor. Quando os gonadotropos de uma vaca secretam hormônio folículo estimulante (FSH), as células da granulosa de seus folículos ovarianos respondem realizando diversas funções, uma das quais é a secreção de inibina. A elevação nas concentrações circulantes de inibina é capta-da pelos gonadotropos, que logo sabem que o FSH já transmitiu sua mensagem, pelo que reduzem a secreção deste hormônio. A retroalimentação negativa é muito importante em qualquer sistema endócrino já que permite manter as concentrações hormonais dentro de limites aceitáveis. -/- A retroalimentação negativa pode ser de onda ultracurta, curta ou longa. A onda ultracurta é quando o hormônio produzido por uma célula pode inibir sua própria secre-ção. A retroalimentação negativa de onda curta é quando o hormônio produzido por uma célula pode inibir a de um órgão imediatamente superior na hierarquia (por exemplo, quando a progesterona produzida pelo corpo lúteo do ovário inibe a secreção de LH pelos gonadotropos da hipófise). O feedback negativo de onda longa sucede quando o hormônio produzido por uma célula inibe a uma célula de um órgão que está dois ou mais níveis por cima na escala hierárquica, por exemplo, quando a testosterona produzida pelas células de Leydig do testículo inibe diretamente os neurônios produtores de GnRH, saltando as células produtoras de LH e adenohipófise. -/- Existe também a retroalimentação positiva, da qual o primeiro hormônio estimula a secreção de um segundo hormônio, o que por sua vez estimula o primeiro, com o que se estabelece um círculo progressivo de estimulação. Um exemplo de retroalimentação positiva é a que se produz pouco antes da ovulação entre o LH hipofisário e o estradiol de origem folicular. Os dois hormônios se estimulam mutuamente até que alcancem níveis elevados de LH que provoca a ovulação. O círculo de feedback positivo termina quando o pico pré-ovulatório de LH mudanças sobre o folículo que incluem a perda da capacidade de produção de estrógenos. Todo o sistema de retroalimentação positiva deve ter um final abrupto sobre o qual se rompe o ciclo de estimulação mútua, já que não mais deverá ser produzida quantidades elevadas dos hormônios, até que todos os recursos do organismo sejam utilizados para esse fim. -/- -/- CLASSIFICAÇÃO QUÍMICA DOS HORMÔNIOS -/- Do ponto de vista químico e sobre o estudo da Fisiologia da Reprodução Animal, existem quatro grupos principais de hormônios: polipeptídios, esteroides, aminas e prostaglandinas; dentro de cada grupo, por sua vez, existem mais grupos de inúmeros outros hormônios dispostos em subdivisões. -/- -/- Hormônios polipeptídios -/- Os polipeptídios são cadeias de aminoácidos. Quando uma dessas cadeias está constituída por poucos aminoácidos é denominada simplesmente de polipeptídios, mas quando uma cadeia de aminoácidos é longa e adquire uma configuração espacial de três dimensões o polipeptídio é denominado proteína (figura 2). Muitos neurohormônios hipo-talâmicos são polipeptídios, como o liberador de gonadotropinas (GnRH), constituído por 10 aminoácidos, o hormônio liberador de tirotropina (TRH), formado por 3 aminoácidos, o somatostatina, constituído por 14 aminoácidos, a ocitocina que é formada por 8 aminoá-cidos etc. O sistema nervoso central e a hipófise produzem peptídeos opioides. -/- Entre os hormônios polipeptídios que por seu tamanho são considerados proteínas encontramos a prolactina, o hormônio do crescimento, os lactogênios placentários, a relaxina, a insulina e fatores de crescimento parecidos com a insulina (IGFs). Existe outro grupo de hormônios polipeptídios classificados como glicoproteínas. Trata-se de proteí-nas que possuem carboidratos unidos a alguns de seus aminoácidos. -/- -/- Figura 2: classificação dos hormônios polipeptídios. Fonte: ZARCO, 2018. -/- -/- Há um grupo de hormônios glicoproteicos que constituem uma família de molécu-las similares entre si, dentro das quais estão o hormônio luteinizante (LH), o hormônio folículo estimulante (FSH), o hormônio estimulante da tireoide (TSH), a gonadotropina coriônica humana (hCG) e a gonadotropina coriônica equina (eCG); todos estão formados pela subunidade alfa que é idêntica para os hormônios de uma determinada espécie animal, e por uma subunidade beta específica para cada hormônio. As duas subunidades mantém-se unidas através de ligações dissulfeto. Deve-se mencionar que os carboidratos associados as glicoproteínas podem ser distintos em diferentes idades, épocas do ano ou estados fisiológicos; esse processo é conhecido como microheterogenicidade, e recente-mente têm-se dado grande importância a seu estudo, já que é reconhecido fatores tais como a vida média de um hormônio ou sua atividade biológica podem ser modificados de acordo com o tipo de carboidratos presentes na molécula. -/- Existe outra família de hormônios glicoproteicos, que incluem a inibina A, a B, e a activina A, AB e B. Todos os hormônios polipeptídios possuem algumas características comuns. Em primeiro lugar, trata-se de moléculas hidrossolúveis que não conseguem atravessar as membranas celulares pelo qual se unem a receptores transmembranais que flutuam sobre a parede externa da membrana da célula branca e requerem de um segundo mensageiro intracelular, como o cálcio ou o AMPc, para levar sua mensagem ao interior da célula. -/- Os hormônios desse grupo, não podem ser administrados por via dérmica, oral, retal ou intravaginal, já que não podem atravessar a pela ou as mucosas intestinais, retais ou vaginais. Os polipeptídios são digeridos no estômago, o que também impede sua admi-nistração oral. Outra característica que deve-se tomar em conta é que as proteínas (embora não os polipeptídios pequenos) podem se desnaturalizar por fatores como o calor (são termolábeis), a congelação, ou mudanças de pH m a desnaturalização consiste em uma mudança na forma natural da proteína, o que leva a perda de sua função. Por essa razão, ao trabalhar com hormônios proteicos devem-se tomar cuidados especiais durante seu manejo para evitar a exposição a fatores desnaturalizantes. -/- -/- Hormônios esteroides -/- São moléculas derivadas do colesterol; a célula esteroidogênica pode sintetizar o colesterol, obtê-lo de reservas intracelulares ou da circulação. Na célula esteroidogênica existem diversas enzimas que atuam sequencialmente sobre a molécula de colesterol, provocando mudanças sucessivas até obter o hormônio final que será secretado, ao qual dependerá das enzimas que estão presentes e ativas na célula. -/- Existem cinco grupos principais de hormônios esteroides; os progestágenos, os estrógenos, os glicocorticoides e os mineralocorticoides (figura 3). -/- Os progestágenos são hormônios que favorecem o desenvolvimento da gestação; seus efeitos incluem, entre outros, a estimulação da secreção endometrial de substâncias nutritivas para o embrião, a estimulação do desenvolvimento embrionário e placentário, a inibição das contrações uterinas, bem como fazer com que a cérvix fique fechada. O principal hormônio natural desse grupo é a progesterona, mas existem uma grande quantidade de progestágenos sintéticos utilizados na medicina veterinária, tais como o acetato fluorogestona (FGA), o acetato de melengestrol (MGA), o altrenogest e o norgestomet. -/- Os estrógenos são os hormônios femininos responsáveis, entre outras funções, dos sinais do estro ou receptividade sexual nas fêmeas. A maior parte de seus efeitos estão no alcance da fertilização do ovócito. Os estrógenos, além de estimular a conduta sexual feminina, favorecem, entre outras coisas, a abertura da cérvix para permitir a passagem do espermatozoide, e as contrações uterinas para impulsionar o sêmen em direção aos ovidutos. O principal estrógeno natural é o estradiol 17β, outros membros naturais do grupo são a estrona, a equilina e a equilenina, esses dois últimos presentes exclusivamente em éguas gestantes. Também existem numerosos estrógenos sintéticos, tais como o valerato de estradiol, o benzoato de estradiol e o cipionato de estradiol. -/- Os andrógenos são hormônios masculinos. Possuem uma grande quantidade de efeitos encaminhados a alcançar o êxito reprodutivo do macho, como estimular a conduta sexual, estimular a produção de espermatozoides e estimular as secreções das glândulas sexuais acessórias. O andrógeno principal é a testosterona, outros andrógenos naturais incluem a androstenediona e a di-hidrotestosterona. Existe também inúmeros andrógenos sintéticos. -/- Os glicocorticoides ou corticosteroides possuem funções principalmente metabó-licas e de adaptação ao estresse. O principal corticosteroide na maioria das espécies é o cortisol, enquanto que nos ratos e outros roedores é a corticosterona. Na reprodução, os corticosteroides desempenham um papel relevante, em particular durante o parto e a lac-tação. -/- Os mineralocorticoides, como a aldotestosterona, se encarregam da regulação do balanço de líquidos e eletrólitos no organismo. -/- -/- Figura 3: subgrupos dos hormônios esteroides. Fonte: ZARCO, 2018. -/- -/- Os hormônios esteroides como grupos são hidrossolúveis, pelo qual podem atra-vessar livremente as membranas celulares, por essa razão utilizam receptores intracelula-res que se encontram no citoplasma da célula branca; também pode-se administrar por via oral, pela pele, e através das mucosas retal ou vaginal. São moléculas termoestáveis e não são digeridas no estômago, embora algumas possas sofrer modificações na pH ácido, alterando sua função. -/- -/- Aminas -/- São moléculas derivadas de um aminoácido que se modifica pela ação de enzimas específicas. Existem dois tipos de hormônios aminas: as catecolaminas e as indolaminas (figura 4). As catecolaminas derivam do aminoácido tirosina, e incluem a dopamina, a a-drenalina e a noradrenalina. As indolaminas derivam-se do triptofano, e incluem a seroto-nina e a melatonina. -/- As aminas são moléculas hidrossolúveis que não podem atravessar as membranas celulares e portanto atuam através de receptores membranais e segundos mensageiros intracelulares. -/- -/- Figura 4: classificação dos hormônios peptídicos. Fonte: ZARCO, 2018. -/- -/- Prostaglandinas -/- São substâncias derivadas do ácido araquidônico. A principal fonte desse ácido graxo são os fosfolipídios da membrana celular, a partir dos quais se podem liberar o ácido araquidônico mediante a ação da enzima fosfolipase A2. O ácido araquidônico se transforma em prostaglandina H mediante a ação da enzima ciclo-oxigenase (ou sintetase de prostaglandinas), que mais adiante se transforma em diferentes prostaglandinas especí-ficas pela ação de diversas enzimas. O tipo de prostaglandina produzido por cada célula dependerá do complemento de enzimas presentes. -/- A prostaglandina mais importante na reprodução é a PGF2α, a qual é responsável pela destruição do corpo lúteo na maioria das espécies; também provoca contrações uteri-nas, pelo qual é importante para o parto, e o transporte dos espermatozoides e a involução uterina depois do parto. Na prática veterinária a PGF2α natural (dinoprosr) ou seus seme-lhantes sintéticos (cloprostenol, luprostiol etc.) são utilizados para a sincronização do ciclo estral, para a indução do parto e para tratar diversas patologias. Outra prostaglandina com algumas ações relacionadas com a reprodução é a prostaglandina E2 (PGE2). -/- As prostaglandinas são substâncias anfipáticas (com propriedades hidrossolúveis e lipossolúveis), pelo qual podem atravessar as membranas celulares. -/- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS -/- AUSTIN, Colin Russell; SHORT, R. Reproduction in mammals. Cambridge, 1972. -/- BEARDEN, Henry Joe et al. Reproducción animal aplicada. México: Manual Moderno, 1982. -/- BECKER, Jill B. et al. (Ed.). Behavioral endocrinology. Mit Press, 2002. -/- BITTAR, Edward (Ed.). Reproductive endocrinology and biology. Elsevier, 1998. -/- BURNSTEIN, Kerry L. (Ed.). Steroid hormones and cell cycle regulation. Kluwer Academic Pub., 2002. -/- CUNNINGHAM, James. Tratado de fisiologia veterinária. Elsevier Health Sciences, 2011. -/- CUPPS, Perry T. (Ed.). Reproduction in domestic animals. Elsevier, 1991. -/- DUKES, Henry Hugh; SWENSON, Melvin J.; REECE, William O. Dukes fisiologia dos animais domésticos. Editora Guanabara Koogan, 1996. -/- FELDMAN, Edward C. et al. Canine and feline endocrinology-e-book. Elsevier health sciences, 2014. -/- FUSCO, Giuseppe; MINELLI, Alessandro. The Biology of Reproduction. Cambridge University Press, 2019. -/- GILBERT, Scott F. Biologia del desarrollo. Ed. Médica Panamericana, 2005. -/- GORE, Andrea C. 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Nova Jersey: John Wiley & Sons, 2011. -/- MELMED, Shlomo (Ed.). The pituitary. Londres: Academic press, 2010. -/- NORRIS, David O.; LOPEZ, Kristin H. (Ed.). Hormones and reproduction of vertebrates. Academic Press, 2010. -/- PARHAR, Ishwar S. (Ed.). Gonadotropin-releasing hormone: molecules and receptors. Elsevier, 2002. -/- PIMENTEL, C. A. Fisiologia e endocrinologia da reprodução da fêmea bovina. I Simpósio de Reprodução de Bovinos, Porto Alegre, RS, 2002. -/- PINEDA, Mauricio H. et al. McDonald's veterinary endocrinology and reproduction. Iowa state press, 2003. -/- RAMOS DUEÑAS, J. I. Endocrinología de la reproducción animal. 2018. -/- SALISBURY, Glenn Wade et al. Physiology of reproduction and artificial insemination of cattle. WH Freeman and Company., 1978. -/- SANDERS, Stephan. Endocrine and reproductive systems. Elsevier Health Sciences, 2003. -/- SORENSEN, Anton Marinus. Reproducción animal: principios y prácticas. México, 1982. -/- SQUIRES, E. James. Applied animal endocrinology. Cambridge: Cabi, 2010. -/- YEN, Samuel SC; JAFFE, Robert B.; BARBIERI, Robert L. Endocrinología de la Reproducción. Fisiología, fisiopatología y manejo clínico. Madrid: Ed. Médica Panamericana, 2001. -/- ZARCO, L. Endocrinología. In. PORTA, L. R.; MEDRANO, J. H. H. Fisiología reproductiva de los animales domésticos. Cidade do México: FMVZ-UNAM, 2018. (shrink)

Allies of those experiencing injustice or oppression face a dilemma: to be neutral in the face of calls to solidarity risks siding with oppressors, yet to speak or act on behalf of others risks compounding the injustice. We identify what we call ‘a normative demand for deference’ (NDD) to those with lived experience as a response to this dilemma. Yet, while the NDD is prevalent, albeit sometimes implicitly so, in contemporary solidarity theory and activist practice, it remains under-theorised. In this (...) article, we analyse the potential benefits of adhering to the NDD, highlighting both a commonly accepted epistemic benefit, and a neglected but important good in bearing witness. Yet adhering to the NDD also raises real challenges. While the literature focuses on a gold standard model of direct engagement, we defend a valuable role for a second-order form of engagement through reading, films, and similar media, which, we argue, is particularly salient for global and transnational solidarity, an important element of contemporary global politics. (shrink)

This paper proposes a reformulation of the treatment of boundaries, at parts and aggregates of entities in Basic Formal Ontology. These are currently treated as mutually exclusive, which is inadequate for biological representation since some entities may simultaneously be at parts, boundaries and/or aggregates. We introduce functions which map entities to their boundaries, at parts or aggregations. We make use of time, space and spacetime projection functions which, along the way, allow us to develop a simple temporal theory.

In this largely theoretical article, we discuss the relation between a kind of affect, behavioural schemas and aspects of the proving process. We begin with affect as described in the mathematics education literature, but soon narrow our focus to a particular kind of affect – nonemotional cognitive feelings. We then mention the position of feelings in consciousness because that bears on the kind of data about feelings that students can be expected to be able to report. Next we introduce the (...) idea of behavioural schemas as enduring mental structures that link situations to actions, in other words, habits of mind, that appear to drive many mental actions in the proving process. This leads to a discussion of the way feelings can both help cause mental actions and also arise from them. Then we briefly describe a design experiment – a course intended to help advanced undergraduate and beginning graduate mathematics students improve their proving abilities. Finally, drawing on data from the course, along with several interviews, we illustrate how these perspectives on affect and on behavioural schemas appear to explain, and are consistent with, our students’ actions. (shrink)

Which artificial intelligence (AI) systems are agents? To answer this question, I propose a multidimensional account of agency. According to this account, a system's agency profile is jointly determined by its level of goal-directedness and autonomy as well as is abilities for directly impacting the surrounding world, long-term planning and acting for reasons. Rooted in extant theories of agency, this account enables fine-grained, nuanced comparative characterizations of artificial agency. I show that this account has multiple important virtues and is more (...) informative than alternatives. More speculatively, it may help to illuminate two important emerging questions in AI ethics: 1. Can agency contribute to the moral status of non-human beings, and how? 2. When and why might AI systems exhibit power-seeking behaviour and does this pose an existential risk to humanity? (shrink)

According to an orthodox view, the capacity for conscious experience (sentience) is relevant to the distribution of moral status and value. However, physicalism about consciousness might threaten the normative relevance of sentience. According to the indeterminacy argument, sentience is metaphysically indeterminate while indeterminacy of sentience is incompatible with its normative relevance. According to the introspective argument (by François Kammerer), the unreliability of our conscious introspection undercuts the justification for belief in the normative relevance of consciousness. I defend the normative relevance (...) of sentience against these objections. First, I demonstrate that physicalists only have to concede a limited amount of indeterminacy of sentience. This moderate indeterminacy is in harmony with the role of sentience in determining moral status. Second, I argue that physicalism gives us no reason to expect that introspection is unreliable with respect to the normative relevance of consciousness. (shrink)

Which animals have conscious experiences? Many different, diverse and unrelated behaviors and cognitive capacities have been proposed as tests of the presence of consciousness in an animal. It is unclear which of these tests, if any, are valid. To remedy this problem, I develop a list consisting of eight desiderata which can be used to assess putative tests of animal consciousness. These desiderata are based either on detailed analogies between consciousness-linked human behavior and non-human behavior, on theories of consciousness or (...) on methods from human consciousness science. If a test or set of tests satisfies more of these desiderata, passing it provides stronger evidence of consciousness. Moreover, one can design future tests of animal consciousness with the intention of satisfying these desiderata to ensure their evidential strength. (shrink)

Numerous authors have expressed concern that advanced artificial intelligence (AI) poses an existential risk to humanity. These authors argue that we might build AI which is vastly intellectually superior to humans (a ‘superintelligence’), and which optimizes for goals that strike us as morally bad, or even irrational. Thus this argument assumes that a superintelligence might have morally bad goals. However, according to some views, a superintelligence necessarily has morally adequate goals. This might be the case either because abilities for moral (...) reasoning and intelligence mutually depend on each other, or because moral realism and moral internalism are true. I argue that the former argument misconstrues the view that intelligence and goals are independent, and that the latter argument misunderstands the implications of moral internalism. Moreover, the current state of AI research provides additional reasons to think that a superintelligence could have bad goals. (shrink)

I develop the anticipatory argument for the view that it is nomologically possible that some non-biological creatures are phenomenally conscious, including conventional, silicon-based AI systems. This argument rests on the general idea that we should make our beliefs conform to the outcomes of an ideal scientific process and that such an ideal scientific process would attribute consciousness to some possible AI systems. This kind of ideal scientific process is an ideal application of the iterative natural kind (INK) strategy, according to (...) which one should investigate consciousness by treating it as a natural kind which iteratively explains observable patterns and correlations between potentially consciousness-relevant features. The relevant AI systems are psychological duplicates. These are hypothetical non-biological creatures which share the coarse-grained functional organization of humans. I argue that an ideal application of the INK strategy would attribute consciousness to psychological duplicates because this gives rise to a simpler and more unifying explanatory account of biological and non-biological cognition. If my argument is sound, then creatures made from the same material as conventional AI systems can be conscious, thus removing one of the main uncertainties for assessing AI consciousness and suggesting that AI consciousness may be a serious near-term concern. (shrink)

Implementationalism maintains that conventional, silicon-based artificial systems are not conscious because they fail to satisfy certain substantive constraints on computational implementation. In this article, we argue that several recently proposed substantive constraints are implausible, or at least are not well-supported, insofar as they conflate intuitions about computational implementation generally and consciousness specifically. We argue instead that the mechanistic account of computation can explain several of the intuitions driving implementationalism and noncomputationalism in a manner which is consistent with artificial consciousness. Our (...) argument provides indirect support for computationalism about consciousness and the view that conventional artificial systems can be conscious. (shrink)

Roughly, empirical AI alignment research (AIA) is an area of AI research which investigates empirically how to design AI systems in line with human goals. This paper examines the role of non-epistemic values in AIA. It argues that: (1) Sciences differ in the degree to which values influence them. (2) AIA is strongly value-laden. (3) This influence of values is managed inappropriately and thus threatens AIA’s epistemic integrity and ethical beneficence. (4) AIA should strive to achieve value transparency, critical scrutiny (...) from inside and outside the discipline – involving the public –, and to empower actors without strong commercial interests. (shrink)

It is plausible that there is a contrast between the rich emotional content which is often connected to laypeople’s interest in philosophy and the emotional austerity of doing academic philosophy. We propose the hypothesis that this contrast is one cause of the disappointment some students experience when they begin to study philosophy in college. We also propose a more demanding hypothesis, according to which this emotional contrast is confused with a semantic difference, which misleads students to think that the questions (...) which initially caused their interest in philosophy are not even considered by academic philosophy research. Moreover, we provide a list of concrete empirical research questions which need to be answered to establish whether these hypotheses are true, and we argue that, if they are true, they give rise to a hitherto unnoticed and important challenge to the teaching of philosophy. (shrink)

Scientific method interests the linguist not only as it interests every scientific worker, but also in a special way, because the scientist, as part of his method, utters certain very peculiar speech-forms. The linguist naturally divides scientific activity into two phases: the scientist performs “handling” actions and utters speech. The speech-forms which the scientist utters are peculiar both in their form and in their effect upon hearers.

Sensorimotor enactivism is the view that the content and the sensory modality of perceptual experience are determined by implicit knowledge of lawful regularities between bodily movements and patterns of sensory stimulation. A proponent of the explanatory argument for sensorimotor enactivism holds that this view is able to provide an intelligible explanation for why certain material realizers give rise to certain perceptual experiences, while rival accounts cannot close this “explanatory gap”. However, I argue that the notion of the “material realizer” of (...) perceptual experience is ambiguous. On a narrow construal, the explanatory gap cannot be bridged, not even by enactivism. On a wide construal, enactivism gets a grip on the explanatory gap, but to the same extent do established theories of consciousness. Thus, on both horns of the dilemma, the explanatory power of enactivism is not superior to more traditional theories of conscious experience. (shrink)

Recently, a number of cases have been proposed which seem to show that – contrary to widely held opinion – a subject can inferentially come to know some proposition p from an inference which relies on a false belief q which is essential. The standard response to these cases is to insist that there is really an additional true belief in the vicinity, making the false belief inessential. I present a new kind of case suggesting that a subject can inferentially (...) come to know a proposition from an essential false belief where no truth in the vicinity seems to be present. (shrink)

Building on recent formal work by Aleks Knoks, we explore how the idea that certain epistemic norms may be indeterminate could be implemented in a default logic.

Jus post Bellum is, like Jus ad Bellum and Jus in Bello, a part of just war theory. Jus post Bellum is distinguished from the other parts of just war theory by being primarily concerned with the principles necessary for securing a just and lasting peace after the end of a war. Traditionally, jus post bellum has focused primarily on three goals: [1] compensating those who have been the victims of unjust aggression, while respecting the rights of the aggressors, [2] (...) punishing and rehabilitating those guilty of war crimes and other violations of the principles of Jus ad Bellum and Jus in Bello and [3] developing measures that will prevent future war and violence (Orend 2000 and May 2012). In this chapter, I outline an account of political forgiveness and explain the role that political forgiveness can have in promoting the goals of jus post bellum. My conception of political forgiveness requires some unpacking. Let me begin with individual forgiveness, which I understand along familiar Butlerian lines as the renunciation of resentment (Butler, Sermon IX in McNaughton 2017: 75-83), though with a bit of a twist. More exactly, ● An individual, I, forgives J for doing F if and only if I renounces all her own warrant for resenting J for doing F. Resentment is a judgment-sensitive attitude, and, therefore, it tends to track judgments concerning its warrant (Scanlon 1998: 20 and Smith 2015). In cases of perfect forgiveness, I’s renunciation causes her to cease feeling resentment toward J for doing F, though, of course, less perfect cases are possible. I reject the idea that there is a sharp discontinuity between individual and political forgiveness, a position argued for by, e.g., Peter Digeser (1998 and 2001). By contrast, I understand political forgiveness as the renunciation of resentment by the relevant political body in question. With greater precision, ● A sovereign political body, P, forgives J for doing F if and only if P renounces all warrant that its citizens have for resenting, as part of their public lives, J for doing F. A little more explanation is in order. Sovereign political bodies, such as national governments, claim degrees of control over the lives of their citizens, in both their public and their private aspects, though the claims with respect to the former tend to be considerably more expansive than the claims with respect to the latter. I assume here that, at least in the case of legitimate governments, these claims of control are often valid. Such governments may reasonably renounce certain grounds for motivating action in the public sphere. For example, governments may renounce all warrant that its citizens have, as part of their public lives, for hating members of marginalized groups. In practice, this means that, while citizens might continue to act in their private lives out of hatred for members of these groups, their appeal to this hatred is seen by the state as irrelevant to matters of law and public policy as well as being wholly out-of-place in public discourse. Political forgiveness toward J for doing F, as I understand it, involves an analogous rejection of resentment, on the part of citizens in their public lives, toward J for doing F. I turn now to the matter of how political forgiveness supports securing a just and lasting peace between former belligerents. With respect to the first goal of jus post bellum, political forgiveness helps to balance compensation for victims and respect for the rights of defeated aggressors by countering the all-too-human tendency to overvalue harms done to oneself and to members of one’s group. As regards the second goal, political forgiveness plays a similar role but also provides a model for rehabilitation by exemplifying among the victorious the behavior to be emulated by the vanquished. Finally, political forgiveness promotes the third goal of jus post bellum by providing a space for nations to meet as moral equals rather than allowing one nation to have the moral high ground over the other. None of this, of course, means that political forgiveness should be unearned or that it should be confused with condonation (Kolnai 1973 and Pettigrove 2004). However, the question of what is required to put oneself in a position to be forgiven as part of jus post bellum is a matter that goes beyond the scope of this chapter. (shrink)

Ethics, Policy & Environment, Volume 15, Issue 2, Page 241-243, June 2012.

One recently proposed solution to the Liar paradox is the contextual theory of truth. Tyler Burge (1979) argues that truth is an indexical notion and that the extension of the truth predicate shifts during Liar reasoning. A Liar sentence might be true in one context and false in another. To many, contextualism seems to capture our pre-theoretic intuitions about the semantic paradoxes; this is especially due to its reliance on the so-called Revenge phenomenon. I, however, show that Super-Liar sentences (where (...) a Super-Liar sentence is a sentence which says of itself that it is not true in any context) generate a significant problem for Burge’s contextual theory of truth. (shrink)

The paper Ethical Issues in Arms Technology is written to highlight and explain some ethical issues in arms production. These issues include the act of innovation; issues with weapons of mass destruction, the issue of privacy; humanizing arms technology, artificial intelligence – military killer robots, etc. The paper advocated for a critical evaluation of the structural and potential nature of arms before they are mass-produced. We need to ask and address all possible moral questions at research level rather than wait (...) for the technologies to be developed and sent to the market place. The research employed the methods of rational speculation, critical analysis, evaluation, and prescription to call for ethical assessment of all arms before they are made available to the markets. This paper advocate for a stop on the production of any arms technology that will destroy the relationship between man and his environment. Scientists and arms researchers should give ethics a stool the heart of their research and production. Before production, every arms technology template must be ethically worthy before consideration is made to mass-produce them. With this new development, we shall eradicate the production of non-human value-adding arms from our world. Humanity does not need everything. We should accept and produce only what we need. (shrink)

L'Entente sur les tiers pays sûrs ratifiée par le Canada et les États-Unis en 2002 a transformé la conception de la souveraineté territoriale canadienne, tel qu'en témoigne le traitement accordé aux demandeur-euse-s d'asile ces dernières années. Arguant à l'effet que l'État canadien adopte une conception de la souveraineté territoriale étanche qui permet l'exercice d'un droit de sélection depuis la mise en place de l'ETPS, cet article propose de repenser un devoir politique d'accueil. La première partie de cet article examine la (...) dynamique d'externalisation de la migration à laquelle participe le Canada. La seconde partie propose une analyse du cadre normatif développé par l'ETPS justifié par un droit de « choisir » les réfugié-e-s. La troisième partie propose une critique du modèle d'exclusion à l'oeuvre derrière l'ETPS et propose à cette fin de penser la responsabilité canadienne en tant que devoir politique à l'égard des populations qui demandent l'asile. (shrink)

The paper, Some Indigenous Solutions to African Environmental Problems: An Appraisal, is written to examine the relevance of African Environmental Philosophies to addressing African environmental problems. African environmental problems include: water pollution, air pollution, land pollution, climate change, flood and many more. Researchers have shown that these problems are caused by phenomena like coal mining, nuclear waste, deforestation, overfishing, wars, etc. It is a known fact that attempts have been made over the years to resolve these problems, with pockets of (...) successes, yet more needs to be done. Nigeria’s Niger Delta Development Commission, Kenya’s Bio-safty Act 2009, The National Environment Policy of Ghana, Oil Pipeline Act 2004, Nuclear Safety and Radiation Protection Act 2004 are a good example of such attempts with pockets of successes and challenges. This work uses the methods of rational speculation and critical analysis to examine aboriginal approaches to resolving African environmental challenges as recorded in Mark Omorovie Ikeke’s Philosophical Consciences, Caroline N. Mbonu’s Ecospiritualism, Thaddeus Metz’s Model Relationalism, and Chimakonam Jonathan Okeke’s Ohanifism. This work charged African environmental policymakers, Lecturers, and Students with the responsibility to understand and apply the theoretical foundation for sustainable living as recorded in the above philosophies. This is the time when Africans must use indigenous African methods and principles to proffer solutions to African environmental problems. (shrink)

Ned Markosian has recently defended a new theory of composition, which he calls regionalism : some material objects xx compose something if and only if there is a material object located at the fusion of the locations of xx. Markosian argues that regionalism follows from what he calls the subregion theory of parthood. Korman and Carmichael agree. We provide countermodels to show that regionalism does not follow from, even together with fourteen potentially implicit background principles. We then show that regionalism (...) does follow from five of those background principles together with and two additional principles connecting parthood and location, which we call and. While the additional principles are not uncontroversial, our conjecture is that many will find them attractive. We conclude by mentioning that fills a previously unnoticed gap in the formal theory of location presented in Parsons. (shrink)

Recent debates between proponents of the modern evolutionary synthesis (the standard model in evolutionary biology) and those of a possible extended synthesis are a good example of the fascinating tangle among empirical, theoretical, and conceptual or philosophical matters that is the practice of evolutionary biology. In this essay, we briefly discuss two case studies from this debate, highlighting the relevance of philosophical thinking to evolutionary biologists in the hope of spurring further constructive cross-pollination between the two fields.

Philosophy has been a public endeavor since its origins in ancient Greece, India, and China. However, recent years have seen the development of a new type of public philosophy conducted by both academics and non- professionals. The new public philosophy manifests itself in a range of modalities, from the publication of magazines and books for the general public to a variety of initiatives that exploit the power and flexibility of social networks and new media. In this paper we examine the (...) phenomenon of public philosophy in its several facets, and investigate whether and in what sense it is itself a mix of philosophical practice and teaching. We conclude with a number of suggestions to academic colleagues on why and how to foster further growth of public philosophy for the benefit of society at large and of the discipline itself. (shrink)

: New genetic technologies continue to emerge that allow us to control the genetic endowment of future children. Increasingly the claim is made that it is morally "irresponsible" for parents to fail to use such technologies when they know their possible children are at risk for a serious genetic disorder. We believe such charges are often unwarranted. Our goal in this article is to offer a careful conceptual analysis of the language of irresponsibility in an effort to encourage more care (...) in its use. Two of our more important sub-claims are: A fair judgment of genetic irresponsibility necessarily requires a thick background description of the specific reproductive choice; and there is no necessary connection between an act's being morally wrong and its being irresponsible. These are distinct judgments requiring distinct justifications. (shrink)

The UN Convention against Torture defines torture as “any act by which severe pain or suffering, whether physical or mental, is intentionally inflicted on a person” by someone acting in an official capacity for purposes such as obtaining a confession or punishing or intimidating that person.1 It is unethical for healthcare professionals to participate in torture, including any use of medical knowledge or skill to facilitate torture or allow it to continue, or to be present during torture.2-7 Yet medical participation (...) in torture has taken place throughout the world and was a prominent feature of the US interrogation practice in military and Central Intelligence Agency (CIA) detention facilities in the years after the attacks of 11 September 2001.8-11 Little attention has been paid, however, to how a regime of torture affects the ability of health professionals to meet their obligations regarding routine clinical care for detainees. -/- The 2016 release of previously classified portions of guideline from the CIA regarding medical practice in its secret detention facilities sheds light on that question. These show that the CIA instructed healthcare professions to subordinate their fundamental ethical obligations regarding professional standards of care to further the objectives of the torturers. (shrink)

Bioethicists appearing in the media have been accused of "shooting from the hip" (Rachels, 1991). The criticism is sometimes justified. We identify some reasons our interactions with the press can have bad results and suggest remedies. In particular we describe a target (fostering better public dialogue), obstacles to hitting the target (such as intrinsic and accidental defects in our knowledge) and suggest some practical ways to surmont those obstacles (including seeking out ways to write or speak at length, rather than (...) in sound bites). We make use of our own research into the way journalists quote bioethicists. We end by suggesting that the profession as a whole look into this question more fully. (shrink)

This paper examines how accepting the simulation hypothesis as a serious philosophical proposition forces a fundamental reconsideration of epistemological certainty. While previous work has focused on the probability of living in a simulation or the nature of consciousness within simulations, we demonstrate that the mere possibility of simulated reality creates a unique crisis for knowledge hierarchies that differs fundamentally from traditional sceptical arguments. Unlike Cartesian doubt, which preserves the notion of an objective reality while questioning our access to it, the (...) simulation hypothesis suggests reality itself might be programmatically mutable. We argue this undermines traditional distinctions between scientific and religious epistemology, creates an insoluble verification paradox for scientific methodology, and requires a radical reimagining of knowledge and truth. While we suggest that complete epistemological scepticism might be avoided through appeal to necessary logical primitives, we conclude that accepting the possibility of simulated reality requires a fundamental reconstruction of how we understand knowledge, scientific practice, and the relationship between competing explanatory frameworks. (shrink)

Artificial intelligence (AI) is increasingly expected to disrupt the ordinary functioning of society. From how we fight wars or govern society, to how we work and play, and from how we create to how we teach and learn, there is almost no field of human activity which is believed to be entirely immune from the impact of this emerging technology. This poses a multifaceted problem when it comes to designing and understanding regulatory responses to AI. This article aims to: (i) (...) defend the need for a novel conceptual model for understanding the systemic legal disruption caused by new technologies such as AI; (ii) to situate this model in relation to preceding debates about the interaction of regulation with new technologies (particularly the ‘cyberlaw’ and ‘robolaw’ debates); and (iii) to set out a detailed model for understanding the legal disruption precipitated by AI, examining both pathways stemming from new affordances that can give rise to a regulatory ‘disruptive moment’, as well as the Legal Development, Displacement or Destruction that can ensue. The article proposes that this model of legal disruption can be broadly generalisable to understanding the legal effects and challenges of other emerging technologies. (shrink)

Theoretical arguments and empirical investigations indicate that a high proportion of published findings do not replicate and are likely false. The current position paper provides a broad perspective on scientific error, which may lead to replication failures. This broad perspective focuses on reform history and on opportunities for future reform. We organize our perspective along four main themes: institutional reform, methodological reform, statistical reform and publishing reform. For each theme, we illustrate potential errors by narrating the story of a fictional (...) researcher during the research cycle. We discuss future opportunities for reform. The resulting agenda provides a resource to usher in an era that is marked by a research culture that is less error-prone and a scientific publication landscape with fewer spurious findings. (shrink)

Through engagement with key informants and review of ethical theories applicable to refugee policy, this paper examines the ethical and policy considerations that policy-level stakeholders believe should factor into setting the refugee resettlement ceiling. We find that the ceiling traditionally has been influenced by policy goals, underlying values, and practical considerations. These factors map onto several ethical approaches to resettlement. There is significant alignment between U.S. policy interests and ethical obligations toward refugees. We argue that the refugee ceiling should be (...) restored to historical norms, and that there exists a corresponding obligation to counter negative public perceptions about refugees and the costs of resettlement. (shrink)

Anarchism is by far the least broadly understood ideology and the least studied academically. Though highly influential, both historically and in terms of recent social movements, anarchism is regularly dismissed. Anarchism: A Conceptual Approach is a welcome addition to this growing field, which is widely debated but poorly understood. Occupying a distinctive position in the study of anarchist ideology, this volume, authored by a handpicked group of established and rising scholars, investigates how anarchists often seek to sharpen their message and (...) struggle to determine what ideas and actions are central to their identity. Moving beyond defining anarchism as simply an ideology or political theory, this book examines the meanings of its key concepts, which have been divided into three categories: Core, Adjacent, and Peripheral concepts. Each chapter focuses on one important concept, shows how anarchists have understood the concept, and highlights its relationships to other concepts. Although anarchism is often thought of as a political topic, the interdisciplinary nature of Anarchism: A Conceptual Approach makes it of interest to students and scholars across the social sciences, liberal arts, and the humanities. (shrink)

Attribution theorists assume that character information informs judgments of blame. But there is disagreement over why. One camp holds that character information is a fundamental determinant of blame. Another camp holds that character information merely provides evidence about the mental states and processes that determine responsibility. We argue for a two-channel view, where character simultaneously has fundamental and evidential effects on blame. In two large factorial studies (n = 495), participants rate whether someone is blameworthy when he makes a mistake (...) (burns a cake or misses a bus stop). Although mental state inferences predict blame judgments, character information does not. Using mediation analyses, we find that character information influences responsibility via two channels (Studies 3–4; n = 447), which are sensitive to different kinds of information (Study 5; n = 149). On the one hand, forgetfulness increases judgments of responsibility, because mental lapses manifest an objectionable character flaw. On the other hand, forgetfulness decreases judgments of state control, which in turn decreases responsibility judgments. These two channels cancel out, which is why we find no aggregate effect of forgetfulness on responsibility. Our results challenge several fundamental assumptions about the role of character information in moral judgment, including that good character typically mitigates blame. (shrink)

There is a basic distinction, in the realm of spatial boundaries, between bona fide boundaries on the one hand, and fiat boundaries on the other. The former are just the physical boundaries of old. The latter are exemplified especially by boundaries induced through human demarcation, for example in the geographic domain. The classical problems connected with the notions of adjacency, contact, separation and division can be resolved in an intuitive way by recognizing this two-sorted ontology of boundaries. Bona fide boundaries (...) yield a notion of contact that is effectively modeled by classical topology; the analogue of contact involving fiat boundaries calls, however, for a different account, based on the intuition that fiat boundaries do not support the open/closed distinction on which classical topology is based. In the presence of this two-sorted ontology it then transpires that mereotopology—topology erected on a mereological basis—is more than a trivial formal variant of classical point-set topology. (shrink)

José Benardete developed a famous paradox involving a beginningless set of items each member of which satisfies some predicate just in case no earlier member satisfies it. The Grim Reaper version of this paradox has recently been employed in favour of various finitist metaphysical theses, ranging from temporal finitism to causal finitism to the discrete nature of time. Here, I examine a new challenge to these finitist arguments—namely, the challenge of implying that the future cannot be endless. In particular, I (...) develop future-oriented Benardete paradoxes and examine their epistemic symmetry with past-oriented paradoxes. (shrink)

Functional decomposition is an important goal in the life sciences, and is central to mechanistic explanation and explanatory reduction. A growing literature in philosophy of science, however, has challenged decomposition-based notions of explanation. ‘Holists’ posit that complex systems exhibit context-sensitivity, dynamic interaction, and network dependence, and that these properties undermine decomposition. They then infer from the failure of decomposition to the failure of mechanistic explanation and reduction. I argue that complexity, so construed, is only incompatible with one notion of decomposition, (...) which I call ‘atomism’, and not with decomposition writ large. Atomism posits that function ascriptions must be made to parts with minimal reference to the surrounding system. Complexity does indeed falsify atomism, but I contend that there is a weaker, ‘contextualist’ notion of decomposition that is fully compatible with the properties that holists cite. Contextualism suggests that the function of parts can shift with external context, and that interactions with other parts might help determine their context-appropriate functions. This still admits of functional decomposition within a given context. I will give examples based on the notion of oscillatory multiplexing in systems neuroscience. If contextualism is feasible, then holist inferences are faulty—one cannot infer from the presence of complexity to the failure of decomposition, mechanism, and reductionism. (shrink)

Aristotle is essentially human; that is, for all possible worlds metaphysically consistent with our own, if Aristotle exists, then he is human. This is a claim about the essential property of an object. The claim that objects have essential properties has been hotly disputed, but for present purposes, we can bracket that issue. In this essay, we are interested, rather, in the question of whether properties themselves have essential properties (or features) for their existence. We call those who suppose they (...) do “property essentialists”; those who do not, “property anti-essentialists,” or “quidditists.” We offer two complementary arguments. Our total argument is under-girded by two assumptions: transworld identity theory and “received view” counterfactual semantics, a la David Lewis. We then argue that, if one presumes that these are true, then one risks running headlong into paradox if one also accepts property anti-essentialism. That's the first argument. By contrast, if one accepts these same assumptions in conjunction with property essentialism, then the paradox is avoided. This is the second argument. We take it that our arguments work to show that, between property essentialism and quidditism, the property essentialist is on better footing. Plausibly, properties themselves do have essential properties for their existence. (shrink)

Various prominent theories of pain assume that it is pain’s biological function to inform organisms about damage to their bodies. I argue that this is a mistake. First, there is no biological evidence to support the notion that pain was originally selected for its informative capacities, nor that it currently contributes to the fitness of organisms in this specific capacity. Second, neurological evidence indicates that modulating mechanisms in the nociceptive system systematically prevent pain from serving a primarily informative role. These (...) considerations threaten to undermine standard perceptual and representational accounts of pain. (shrink)

Aristotle’s cryptic De Anima III 5 has precipitated an enormous volume of commentary, especially about the identity of what has come to be known as active intellect and how it relates to potential intellect. Some take active intellect to be the prime mover of Metaphysics Λ, others a hypostatic or cosmic principle (for example, an ideal Intellect, intellect associated with the tenth celestial sphere, etc.), and others a faculty, potentiality, or power of the human soul that is distinct in function, (...) office, or operation from potential intellect. But a very different, ontologically lightweight way of characterizing active and potential intellect can be reconstructed from fragments of a work by the only interpreter personally acquainted with Aristotle, his junior colleague, Theophrastus of Eresus. This reconstruction suggests various philosophically attractive solutions to notorious problems raised by Aristotle’s text. (shrink)